5.12.09

Pulseiras do sexo

Entenda a nova onda das escolas: as pulseiras do sexo
No Brasil, isso realmente existe ou é apenas mais um modismo nos acessórios de moda?
Carol Patrocinio, iG São Paulo

Nas últimas semanas todos os jornais do país noticiaram o uso de pulseiras com conotação de acessório sexual por adolescentes de todo o Brasil, influenciados por uma moda inglesa que inclui o uso das tais pulseiras do sexo (shag bands) e jogos sexuais. Conversamos com jovens do Brasil e de Londres para entender um pouco melhor esse caso e descobrir se é apenas um alarde para algo que não existe de verdade.

Shag Bands, anéis da pureza, pulseiras pro-ana (anorexia) ou pro-mia (bulimia). Se você é adolescente, ou foi há pouco tempo, sabe muito bem do que estamos falando. A cada ano surge um novo boato, uma nova história de alguém que tem um amigo que soube da vizinha...

As pulseiras do sexo tiveram sua primeira aparição no jornal inglês The Sun, conhecido por seu sensacionalismo. Segundo a publicação, os jovens ingleses usam a pulseira para trocar “favores sexuais”. No mesmo texto ainda é falado sobre um tipo de festa frequentada por jovens a partir de 14 anos, com bebidas e drogas a vontade, que terminaria em sexo sem proteção ou parceiro fixo.

No Brasil, a história tem tomado proporções assustadoras e é falado em todos os ambientes – desde as escolas, os escritórios ou as mesas de jantar. Pais estão desesperados e filhos tentam entender quando foi que começou todo o caos. Vamos entender, primeiro, o que é que estão dizendo dessas pulseiras.

Essa pulseiras, que foram muito usadas nos anos 80 e 90, são feitas à base de silicone, custam pouco e existem em variadas cores. O que dizem é sobre uma brincadeira que se chama “snap”: o garoto escolhe uma pulseira, retira do braço da menina e tenta arrebentá-la, a cor representa qual a prática sexual que será realizada a seguir, caso a pulseira se quebre – uma versão moderna do ingênuo “pêra, uva, maçã ou salada mista”.

Ainda segundo o tablóide inglês, ao saber do uso das pulseiras, professores começaram o boato de que os acessórios seriam feitos a partir de preservativos usados, para tentar desmotivar os jovens.

No Brasil, as pulseiras começaram a fazer sucesso antes da descoberta do seu significado. Quando a matéria do jornal inglês começou a ser retransmitida por e-mail muitas escolas proibiram o uso dos objetos e informaram os pais do perigo de sua utilização. O trecho abaixo foi retirado do site do colégio Marista:

“Pedimos que, com discernimento e serenidade, vejam as notícias veiculadas nos jornais e internet acerca das 'pulseiras coloridas' e conversem sobre o melhor posicionamento para seus filhos e filhas”

E quanto aos adolescentes? No Twitter, sempre alguém ouviu falar que em certo lugar rola, mas não há provas, ninguém comenta que usa a pulseira com intenção sexual. Em comunidades de redes sociais o único comentário é sobre a falta de importância ao significado que querem dar para o acessório.

Em Londres, Letícia diz que nunca tinha ouvido falar do assunto: “Eu nunca tinha ouvido falar dessa tal de shag band, daí fui pesquisar sobre e morri de rir com o que li...”. Pelo jeito, na Inglaterra o assunto também não tem sido levado tão a sério assim.

Você conhece alguém que usa as pulseiras com conotação sexual? Tem alguma história para contar? Acha que na verdade estão dando ideias de brincadeira aos adolescentes? Deixe um comentário!

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