28.11.10

Registros


Tem um sorriso estampado no tempo,

Uma alegria escondida nas artimanhas do vento,

Uma música brincando de dançar com o ar!



Tem suas mãos descansando em meu ventre,

Meus dedos escorrendo nas mechas de seus cabelos,

Um resto de mel grudado em nossas línguas e lábios.



Tem esse momento transcendente na passagem das horas,

Tem amor sendo derramado em formas de magia,

Na explicitude alquímica da transparência do dia!



Tem nossas células corporais registrando no cérebro

Todos os nossos segredos vivenciados pelos sentidos,

Até que o tempo tenha tempo de apagá-los ( e nós também)...



(Gi Neves - do site Retalhos do tempo)

24.11.10

Migalha de Amor

Migalha de Amor

Uma Declaração de Amor






Me diz,

que amor é este que vive dentro de mim,

que faço força para arrancar,

mas que sempre está presente.

Me fala...

Me explica...

Me ajuda...

Diz, se tu és a minha outra parte, minha alma gêmea,

ou se sou eu quem te quero demais, e as vezes,

em momentos que tu estás totalmente desarmado,

me vejo dentro do teu olhar...

Diz, se somos feitos um para o outro,

ou se sou eu que me sinto dentro do teu peito

com a esperança do teu amor.

Diz, se é sonho ou ilusão,

quando sinto teu carinho

de forma diferenciada e agradável para mim.

Me fala,

o porque de conhecer teu corpo e

o saber de cada curva tua, sem nunca te ter tocado.

Me explica,

este aroma de jasmim e rosas que me envolve,

esta paz e esta alegria que sinto ao teu lado.

Me ajuda,

a compreender e a aceitar,

pois entendo como este amor tão grande

pode me doer tanto.

Diz, me fala, me explica, me ajuda...

Então, se tua resposta é o silêncio.

Apenas me abraça, me envolve neste carinho,

nesta única migalha de amor.


Autor Desconhecido



Aberta as inscrições

Piada de Matemática

Joãozinho está indo muito mal em matemática.Os pais já tentaram de tudo: aulas particulares, brinquedos educativos, centros especializados, terapia, nada adiantou.

Aí ouvem dizer que há uma escola de freiras no bairro que é muito boa, e resolvem fazer mais uma tentativa.

No primeiro dia, Joãozinho volta para casa com a cara séria e vai direto para o quarto, sem nem mesmo cumprimentar a mãe.

Ele senta na escrivaninha e estuda. Estuda sem parar.

A mãe o chama para jantar. Ele janta rapidinho e volta imediatamente aos estudos. A mãe nem acredita. Isso dura já algumas semanas.

Um dia, Joãozinho volta para casa com o boletim, que entrega a mãe.

Nota 10 em matemática! A mãe não se contém e pergunta:

- Filho, me diga o que fez você mudar deste jeito? Foram as freiras?

Joãozinho balança a cabeça negativamente.

- O que foi, então? - insiste a mãe - Foram os livros, a disciplina, a estrutura de ensino, o uniforme, os colegas, O QUE FOI???

Joãozinho olha para a mãe e diz:

- No primeiro dia quando eu vi aquele cara pregado no sinal de mais, percebi que eles não estavam brincando...

http://www.portaldohumor.com.br/cont/piadas/664/Matematica.html

21.11.10

Será você seu principal inimigo?



Cobranças excessivas, noites sem dormir, desgastes emocionais, discussões sem motivo, projeções futuras sem a mínima chance de concretização, seja no âmbito de relacionamentos ou profissional, sim, tudo isto pode estar destruindo seu campo emocional.

Hoje em dia, cada vez mais presenciamos situações de desequilíbrio, no trabalho, em casa e nas relações de amizade. O interesse se sobrepõe a tudo e a todos na grande maioria dos casos, e isto acontece quando escolhemos ou permitimos.

As pessoas equilibradas conseguem se manter à parte de tudo isso, e vivem na luz. Porém, quando estamos em fase de desequilíbrio energético, viramos inimigos de nós mesmos.

Criamos situações que não permitem crescimento ou felicidade, somente angústia, depressão e cobrança excessiva.

Quantas e quantas vezes já escutamos: se você não se ama, quem irá amá-lo?

Se você não se valoriza, quem irá valorizá-lo?

Se você não acredita em você, quem irá acreditar em você?

Mas e se todas essas respostas forem sim?

Você se torna seu principal inimigo quando cria e atrai situações que são semelhantes ao seu desequilíbrio energético.

Somos seres de luz que viemos para um crescimento pessoal, para sermos felizes e realizados, isto representa conexão plena com o Todo, com o Universo.

Podemos analisar como agimos de inimigos frequentes a cada situação exposta acima:

- será que você se ama em primeiro lugar? Os relacionamentos se tornam conturbados quando esquecemos de nós mesmos e somente enxergamos o outro como ideal de vida, isto é possível e comum. Como o outro amá-lo e valorizar se você não se enxerga como pessoa e ser de grande valor?

- o processo de rejeição trazido da infância também cerceia de forma impactante os relacionamentos, principalmente de duas formas, ou encontrando alguém que você ama e não lhe quer, e você passa a vida inteira atrás da pessoa e sofrendo... Ou encontra alguém que você não ama e convive pelo simples medo de estar só.

- no âmbito profissional não enxergamos nosso valor e competência e nos retraimos frente a desafios perdendo oportunidades de crescimento.

- em alguns casos, fazemos escolhas de empresas doentes e ambientes não sadios. Será que sua energia não estava desta forma quando escolheu esse local para trabalhar?

Por que não modificar tudo isso e mudar o padrão vibracional, tornando-o favorável em cada situação vivida?

A radiestesia atua nesse âmbito, analisando de maneira profunda e lhe ensinando a vibrar pelo que deseja, deixando de lado padrões vibracionais que não condizem com o seu propósito de vida. Quanto mais você entra em contato com seu propósito de vida Divino, mais você passará a agir de acordo com a sua intuição e haverá nesse momento um pleno equilíbrio entre espírito e matéria.

O estado de desequilíbrio se consolida em sua vida quando há uma desconexão entre espírito e matéria, ou seja, seu espírito tem propósitos e desejos que sua matéria não está realizando e nesse momento você se torna seu principal inimigo pois passa a haver um conflito em seu interior e a insatisfação começa a fazer parte do seu dia-a-dia.

Mudar tudo isso é fácil, só requer o seu desejo de modificar padrões, eliminar bloqueios e tornar-se um ser equilibrado através da modificação de seus padrões vibracionais e isto é possível com o auxílio da radiestesia.


Maria Isabel Carapinha. 
Maria Isabel Carapinha é radiestesista e trabalha também com Feng Shui.
Ministra cursos e faz atendimentos em residências e empresas.
Trabalha também com a mesa radiônica fazendo atendimentos em seu consultório ou à distância

15.11.10

Ser negro no Brasil hoje

Ética enviesada da sociedade branca desvia enfrentamento do problema negro


Há uma frequente indagação sobre como é ser negro em outros lugares, forma de perguntar, também, se isso é diferente de ser negro no Brasil. As peripécias da vida levaram-nos a viver em quatro continentes, Europa, Américas, África e Ásia, seja como quase transeunte, isto é, conferencista, seja como orador, na qualidade de professor e pesquisador. Desse modo, tivemos a experiência de ser negro em diversos países e de constatar algumas das manifestações dos choques culturais correspondentes. Cada uma dessas vivências foi diferente de qualquer outra, e todas elas diversas da própria experiência brasileira. As realidades não são as mesmas. Aqui, o fato de que o trabalho do negro tenha sido, desde os inícios da história econômica, essencial à manutenção do bem-estar das classes dominantes deu-lhe um papel central na gestação e perpetuação de uma ética conservadora e desigualitária. Os interesses cristalizados produziram convicções escravocratas arraigadas e mantêm estereótipos que ultrapassam os limites do simbólico e têm incidência sobre os demais aspectos das relações sociais. Por isso, talvez ironicamente, a ascensão, por menor que seja, dos negros na escala social sempre deu lugar a expressões veladas ou ostensivas de ressentimentos (paradoxalmente contra as vítimas). Ao mesmo tempo, a opinião pública foi, por cinco séculos, treinada para desdenhar e, mesmo, não tolerar manifestações de inconformidade, vistas como um injustificável complexo de inferioridade, já que o Brasil, segundo a doutrina oficial, jamais acolhera nenhuma forma de discriminação ou preconceito.


500 anos de culpa

Agora, chega o ano 2000 e a necessidade de celebrar conjuntamente a construção unitária da nação. Então é ao menos preciso renovar o discurso nacional racialista. Moral da história: 500 anos de culpa, 1 ano de desculpa. Mas as desculpas vêm apenas de um ator histórico do jogo do poder, a Igreja Católica! O próprio presidente da República considera-se quitado porque nomeou um bravo general negro para a sua Casa Militar e uma notável mulher negra para a sua Casa Cultural. Ele se esqueceu de que falta nomear todos os negros para a grande Casa Brasileira. Por enquanto, para o ministro da Educação, basta que continuem a frequentar as piores escolas e, para o ministro da Justiça, é suficiente manter reservas negras como se criam reservas indígenas. A questão não é tratada eticamente. Faltam muitas coisas para ultrapassar o palavrório retórico e os gestos cerimoniais e alcançar uma ação política consequente. Ou os negros deverão esperar mais outro século para obter o direito a uma participação plena na vida nacional? Que outras reflexões podem ser feitas, quando se aproxima o aniversário da Abolição da Escravatura, uma dessas datas nas quais os negros brasileiros são autorizados a fazer, de forma pública, mas quase solitária, sua catarse anual?

Hipocrisia permanente

No caso do Brasil, a marca predominante é a ambivalência com que a sociedade branca dominante reage, quando o tema é a existência, no país, de um problema negro. Essa equivocação é, também, duplicidade e pode ser resumida no pensamento de autores como Florestan Fernandes e Octavio Ianni, para quem, entre nós, feio não é ter preconceito de cor, mas manifestá-lo. Desse modo, toda discussão ou enfrentamento do problema torna-se uma situação escorregadia, sobretudo quando o problema social e moral é substituído por referências ao dicionário. Veja-se o tempo politicamente jogado fora nas discussões semânticas sobre o que é preconceito, discriminação, racismo e quejandos, com os inevitáveis apelos à comparação com os norte-americanos e europeus. Às vezes, até parece que o essencial é fugir à questão verdadeira: ser negro no Brasil o que é? Talvez seja esse um dos traços marcantes dessa problemática: a hipocrisia permanente, resultado de uma ordem racial cuja definição é, desde a base, viciada. Ser negro no Brasil é frequentemente ser objeto de um olhar vesgo e ambíguo. Essa ambiguidade marca a convivência cotidiana, influi sobre o debate acadêmico e o discurso individualmente repetido é, também, utilizado por governos, partidos e instituições. Tais refrões cansativos tornam-se irritantes, sobretudo para os que nele se encontram como parte ativa, não apenas como testemunha. Há, sempre, o risco de cair na armadilha da emoção desbragada e não tratar do assunto de maneira adequada e sistêmica.

Marcas visíveis

Que fazer? Cremos que a discussão desse problema poderia partir de três dados de base: a corporeidade, a individualidade e a cidadania. A corporeidade implica dados objetivos, ainda que sua interpretação possa ser subjetiva; a individualidade inclui dados subjetivos, ainda que possa ser discutida objetivamente. Com a verdadeira cidadania, cada qual é o igual de todos os outros e a força do indivíduo, seja ele quem for, iguala-se à força do Estado ou de outra qualquer forma de poder: a cidadania define-se teoricamente por franquias políticas, de que se pode efetivamente dispor, acima e além da corporeidade e da individualidade, mas, na prática brasileira, ela se exerce em função da posição relativa de cada um na esfera social.

Costuma-se dizer que uma diferença entre os Estados Unidos e o Brasil é que lá existe uma linha de cor e aqui não. Em si mesma, essa distinção é pouco mais do que alegórica, pois não podemos aqui inventar essa famosa linha de cor. Mas a verdade é que, no caso brasileiro, o corpo da pessoa também se impõe como uma marca visível e é frequente privilegiar a aparência como condição primeira de objetivação e de julgamento, criando uma linha demarcatória, que identifica e separa, a despeito das pretensões de individualidade e de cidadania do outro. Então, a própria subjetividade e a dos demais esbarram no dado ostensivo da corporeidade cuja avaliação, no entanto, é preconceituosa.

A individualidade é uma conquista demorada e sofrida, formada de heranças e aquisições culturais, de atitudes aprendidas e inventadas e de formas de agir e de reagir, uma construção que, ao mesmo tempo, é social, emocional e intelectual, mas constitui um patrimônio privado, cujo valor intrínseco não muda a avaliação extrínseca, nem a valoração objetiva da pessoa, diante de outro olhar. No Brasil, onde a cidadania é, geralmente, mutilada, o caso dos negros é emblemático. Os interesses cristalizados, que produziram convicções escravocratas arraigadas, mantêm os estereótipos, que não ficam no limite do simbólico, incidindo sobre os demais aspectos das relações sociais. Na esfera pública, o corpo acaba por ter um peso maior do que o espírito na formação da socialidade e da sociabilidade.

Peço desculpas pela deriva autobiográfica. Mas quantas vezes tive, sobretudo neste ano de comemorações, de vigorosamente recusar a participação em atos públicos e programas de mídia ao sentir que o objetivo do produtor de eventos era a utilização do meu corpo como negro -imagem fácil- e não as minhas aquisições intelectuais, após uma vida longa e produtiva. Sem dúvida, o homem é o seu corpo, a sua consciência, a sua socialidade, o que inclui sua cidadania. Mas a conquista, por cada um, da consciência não suprime a realidade social de seu corpo nem lhe amplia a efetividade da cidadania. Talvez seja essa uma das razões pelas quais, no Brasil, o debate sobre os negros é prisioneiro de uma ética enviesada. E esta seria mais uma manifestação da ambiguidade a que já nos referimos, cuja primeira consequência é esvaziar o debate de sua gravidade e de seu conteúdo nacional.

Olhar enviesado

Enfrentar a questão seria, então, em primeiro lugar, criar a possibilidade de reequacioná-la diante da opinião, e aqui entra o papel da escola e, também, certamente, muito mais, o papel frequentemente negativo da mídia, conduzida a tudo transformar em "faits-divers", em lugar de aprofundar as análises. A coisa fica pior com a preferência atual pelos chamados temas de comportamento, o que limita, ainda mais, o enfrentamento do tema no seu âmago. E há, também, a displicência deliberada dos governos e partidos, no geral desinteressados do problema, tratado muito mais em termos eleitorais que propriamente em termos políticos. Desse modo, o assunto é empurrado para um amanhã que nunca chega.

Ser negro no Brasil é, pois, com frequência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá em baixo, para os negros e assim tranquilamente se comporta. Logo, tanto é incômodo haver permanecido na base da pirâmide social quanto haver "subido na vida".

Pode-se dizer, como fazem os que se deliciam com jogos de palavras, que aqui não há racismo (à moda sul-africana ou americana) ou preconceito ou discriminação, mas não se pode esconder que há diferenças sociais e econômicas estruturais e seculares, para as quais não se buscam remédios. A naturalidade com que os responsáveis encaram tais situações é indecente, mas raramente é adjetivada dessa maneira. Trata-se, na realidade, de uma forma do apartheid à brasileira, contra a qual é urgente reagir se realmente desejamos integrar a sociedade brasileira de modo que, num futuro próximo, ser negro no Brasil seja, também, ser plenamente brasileiro no Brasil.



Artigo escrito por Milton Santos, geógrafo, professor emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

Fonte: Folha de S.Paulo - Mais - brasil 501 d.c. - 07
 http://www.ige.unicamp.br/~lmelgaco/santos.htme

O Dia da Consciência Negra


O Dia da Consciência Negra, celebrado em quase todo o Brasil, recorda a necessidade de compromisso com os negros e negras que vivem em situação de miséria e exclusão.


É o que afirma uma mensagem difundida hoje pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), assinada pelo presidente do organismo, Dom Geraldo Lyrio, e o secretário-geral, Dom Dimas Lara.

A memória deste dia, segundo a CNBB, “assume o caráter de celebração pela presença dos afro-brasileiros que, desde o início, vêm enriquecendo a história e a cultura brasileiras”.

“Assume também o caráter de compromisso e responsabilidade na luta pela inserção cidadã dos negros e negras que vivem à margem da sociedade, em situações de miséria e exclusão social.”

O episcopado chama a atenção para “a realidade de violência que atinge os adolescentes e jovens, especialmente os negros e negras, em nosso país”. “Fazemos este alerta a partir do princípio de que o cuidado com a vida humana deve atingir todas as suas fases, e é justamente na adolescência e juventude que a vida se encontra, em nossos dias, mais ameaçada.” A Igreja no Brasil, “reconhecendo que os afro-brasileiros enriquecem a vida eclesial pela expressividade corporal, o enraizamento familiar e o sentido de Deus, deseja que essa riqueza cultural seja partilhada na alegria de uma vida vivida com dignidade, e se faz solidária com todas as vítimas da violência”.

“Oportunizar espaços de vida digna a todos, particularmente aos adolescentes e jovens, viabilizados pelo acesso à moradia, educação, saúde e alimentação adequadas, é caminho necessário para a superação dessa realidade perniciosa”, afirma o organismo.

14.11.10

Proclamação da República do Brasil

Proclamação da República do Brasil


A proclamação da república mudou a história e a vida dos brasileiros. Essa forma de governo (república) é fruto de todo um contexto político, da libertação dos escravos até os militares vencedores da Guerra do Paraguai.





Introdução


No final da década de 1880, a monarquia brasileira estava numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.



Crise da Monarquia


A crise do sistema monárquico brasileiro pode ser explicada através de algumas questões:

Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;

Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;

A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do império;

Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;

Diante das pressões citadas, da falta de apoio popular e das constantes críticas que partiam de vários setores sociais, o imperador e seu governo, encontravam-se enfraquecidos e frágeis. Doente, D.Pedro II estava cada vez mais afastado das decisões políticas do país. Enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.


A Proclamação da República


No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, demitiu o Conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.





Após 67 anos, a monarquia chegava ao fim. No dia 18 de novembro, D.Pedro II e a família imperial partiam rumo à Europa. Tinha início a República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo provisoriamente o posto de presidente do Brasil. A partir de então, o pais seria governado por um presidente escolhido pelo povo através das eleições. Foi um grande avanço rumo a consolidação da democracia no Brasil.

Hino da Proclamação da República

Letra do Hino da Proclamação da República

Seja um pálio de luz desdobrado,

Sob a larga amplidão destes céus

Este canto rebel que o passado

Vem remir dos mais torpes labéus.

Seja um hino de glória que fale,

De esperança de um novo porvir,

Com visões de triunfos embale

Quem por ele lutando surgir.



Liberdade! Liberdade!

Abre as asas sobre nós

Das lutas, na tempestade

Dá que ouçamos tua voz.

Nós nem cremos que escravos outrora,

Tenha havido em tão nobre país

Hoje o rubro lampejo da aurora,

Acha irmãos, não tiranos hostis.

Somos todos iguais, ao futuro

Saberemos unidos levar,

Nosso augusto estandarte, que puro,

Brilha ovante, da Pátria no altar.

Liberdade! Liberdade!

Abre as asas sobre nós

Das lutas, na tempestade

Dá que ouçamos tua voz.

Se é mister que de peitos valentes,

Haja sangue em nosso pendão,

Sangue vivo do herói Tiradentes,

Batizou este audaz pavilhão.

Mensageiro de paz, paz queremos,

É de amor nossa força e poder

Mas da guerra nos transes supremos,

Heis de ver-nos lutar e vencer.

Liberdade! Liberdade!

Abre as asas sobre nós

Das lutas, na tempestade

Dá que ouçamos tua voz.


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Vocabulário

Audaz: corajoso

Augusto: majestoso

Aurora: nascer do sol

Brado: grito

Estandarte: bandeira

Hostis: inimigos

Labéus: desonras

Lampejo: clarão

Louçãos: vistosos

Louros: glórias

Mister: necessário

Outrora: em outro tempo

Ovante: vitoriante

Pálio: manto

Pendão: bandeira

Porvir: tempo futuro

Púrpuras: vermelhos-escuros

Rebel: revoltoso

Régias: reais

Remir: redimir

Rubro: vermelho

Soberbo: orgulhoso

Tiranos: governantes cruéis

Torpes: repugnantes

Transes supremos: momentos decisivos

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AUTORES DO HINO

José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque


Jornalista abolicionista e republicano, poeta, escritor e teatrólogo brasileiro nascido em Recife, Estado de Pernambuco, autor da letra do Hino da República, fundador da Cadeira n. 22 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono José Bonifácio, o Moço e também conhecido por sua defesa da regulamentação dos direitos autorais e de uma legislação para os acidentes de trabalho. Filho do médico José Joaquim de Campos de Medeiros e Albuquerque, estudou inicialmente com sua mãe e entrou para o Colégio Pedro II. Acompanhou o pai em viagem para a Europa (1880) e estudou na Escola Acadêmica de Lisboa (1880-1884). De volta ao Rio de Janeiro, cursou História Natural com Emílio Goeldi e foi aluno particular de Sílvio Romero. Trabalhando como professor primário adjunto, entrou em contato com os escritores e poetas da época, como Paula Ney e Pardal Mallet, e estreou na literatura publicando o livro de poesias Pecados e canções da decadência (1889), em que revelou conhecimento da estética simbolista. Ocupou a Secretaria Geral da ABL (1899-1917) e foi autor da primeira reforma ortográfica ali promovida. Como jornalista no Rio de Janeiro, fundou os jornais O Clarim e O Fígaro, colaborou na Gazeta de Notícias e em jornais de Buenos Aires e Paris. Teve um período de exílio na Europa (1910-1916), por combater a candidatura do marechal Hermes da Fonseca e, na volta foi deputado federal por Pernambuco e pelo Distrito Federal e senador por Pernambuco. Dirigiu o Colégio Pedro II, a instrução pública do Distrito Federal e o Ministério do Interior e morreu no Rio de Janeiro. Dizia ter sido o autor da idéia da fundação da Academia Brasileira de Letras, mais tarde realizada por Lúcio de Mendonça com a colaboração de alguns dos vultos mais eminentes da literatura nacional. Foi quem respondeu a Graça Aranha, quando do rompimento deste com a Academia e faleceu no Rio de Janeiro, RJ. Deixou obra extensa e variada, que inclui romances, contos, poesia, crônicas, teatro e memórias, além de como escritor, ter sido um dos precursores do movimento simbolista no Brasil e divulgador, no país, das teorias de Freud. Em sua obra destacam-se Remorso (1889) e Quando eu era vivo (1942), ironicamente uma publicação póstuma.

Figura copiada das páginas do CENTRO DE MEMÓRIA / ABL:

http://www.academia.org.br/




Leopoldo Américo Miguez

Nascido em Niterói, 9 de setembro de 1850 — Rio de Janeiro e falecido dia  6 de julho de 1902,  foi um compositor, violinista e maestro brasileiro.

Aos 32 anos viajou para a Europa por sua conta a fim de aperfeiçoar-se. Regressou ao Brasil convertido ao credo wagneriano e a princípio destacou-se como regente. Era um ativo republicano e é de sua autoria o Hino da Proclamação da República, composto para o concurso realizado pelo governo da época, que não chegou a ser o hino nacional por decisão do marechal Deodoro. Mas o velho Conservatório de Francisco Manuel já há muito necessitava remodelação e, dois meses depois do 15 de Novembro, era criado o Instituto Nacional de Música, sendo Leopoldo Miguez nomeado seu diretor.
Ao comentar a música de Miguez, recordam-se os poemas sinfônicos Parisiana e Prometeu, a ópera Os Saldunes, a Sinfonia em Si bemol e as peças de câmara:Sonata para violino e piano e o Allegro appassionato, para piano solo. Foi um músico competente, excelente organizador, mas faleceu cedo, aos 52 anos apenas. Foi sobretudo o grande continuador de Francisco Manuel da Silva e o renovador do ensino da música no Brasil no início do século XX.

1. Obras principais

•Música dramática: Pelo amor!; I Salduni (Os Saldunes).
•Música orquestral: Sinfonia em sol bemol (1882); Parisina (1888); Ave libertas (1890); Prometheus (1891); Marcha elegíaca a Camões (1880). Marcha nupcial (1876); Hino à Proclamação da República (1890).
•Música de câmara: Silvia; Suite à l’antique (1893); Trio;
•Música Instrumental: Allegro appassionato; Noturno; Reina a paz em Varsóvia; Concerto para contrabaixo e piano.
•Música vocal: Branca aurora; Le Palmier du Brésil; A Instrução.

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Ouça o Hino da Proclamação da República


13.11.10

VAMOS RIR!

TESTE DO TIRIRICA VAZA NA REDE E GOVERNO MANDA CONTRATAR ENCANADOR.
O INEP – Instituto Nacional de Exames de Palhaços – vai ser o responsável pela aplicação de exame no palhaço Tiririca, para saber se ele sabe ou não ler.



O mesmo instituto também já contratou um encanador, para descobrir por que suas provas vazam tanto na rede:

O problema são os furos de reportagem – disse o ministro da Educação Fernando Caghad e Haddad

do site ERAMOS SEIS

11.11.10

Mais saúde para o professor

Projeto da SEC proporcionará mais saúde para o professor




Promover a saúde dos professores em formação continuada é o foco do Projeto Salutar que a Secretaria da Educação (SEC), através da Assessoria Técnica-Pedagógica de Desporto e Lazer Escolar, está implementando na rede municipal de ensino de Itabuna. Para discutir os objetivos, a operacionalização e outros detalhes do Projeto o secretário da Educação, Gustavo Lisboa, reuniu na última terça-feira (9) profissionais de Educação Física que atuam no segmento de academias de ginástica.


Ao lado de técnicos e assessores da SEC, Gustavo explicou que a iniciativa trata-se de uma formação continuada voltada à saúde docente por meio da prática e acompanhamento de exercícios em academias de ginástica do município, incluindo ginástica laboral, palestras com profissionais de saúde, a exemplo do educador físico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, nutricionista e médico, visando à redução e, principalmente, a prevenção de patologias ligadas à profissão.

“No cotidiano, o professor é submetido a pressões profissionais e pessoais que favorecem o acúmulo do estresse. Isto leva à redução da imunidade do organismo e, por consequência, o surgimento de doenças, impossibilitando o docente de exercer suas funções profissionais. Por orientação médica, ele se ausenta da sala de aula, prejudicando o andamento das atividades letivas da escola”.

“Porém, o mais grave nessa situação é quando o afastamento é decorrente de transtornos mentais e comportamentais que culminam em quadros depressivos que, por sua vez, podem resultar em aposentadoria por invalidez”, frisou Lisboa. O secretário da Educação ressaltou que, por meio do Projeto Salutar, a SEC espera sensibilizar e incentivar o professor para a prática de atividade física em academias de ginástica, visando à melhoria da qualidade de vida, o bem-estar físico, social e emocional dos educadores.

Academias - Para implantar o Projeto, a Secretaria da Educação lançará edital de chamamento público para que as academias de ginástica credenciadas junto ao Conselho Federal de Educação Física apresentem propostas de atividades. As propostas devem levar em conta a diminuição do estresse e do sedentarismo, a integração dos professores, a prevenção e redução de problemas de saúde referentes à profissão.

Presente na reunião, o educador físico Miguel Lima, ressaltou a iniciativa da SEC como bastante salutar para a promoção da saúde de uma das categorias mais imprescindíveis no contexto social. “O professor tem um papel fundamental na formação da sociedade. Portanto, é necessário que o cuidado com a saúde deste profissional seja um ato constante”, argumentou.

Lima disse ainda que, na execução do projeto, deve ser levado em conta todo um trabalho de sensibilização, no sentido de que os professores possam criar consciências de que o cuidado com a saúde não deve ser algo pontual, mas constante. Na opinião de André Ramos de Oliveira, da Academia Fitt Center, a decisão da SEC de implementar o Projeto Salutar é algo inovador e pioneiro no contexto da educação.

“Hoje, quando se fala em promoção da saúde, a prevenção deve ser o princípio para evitar o agravo e o surgimento das doenças. Neste sentido, acredito que a Secretaria da Educação está dando um passo muito significativo para a melhoria da qualidade de vida do professor”, afirmou André. Parte dos custos para o acesso dos professores às atividades desenvolvidas nas academias será subsidiada pela SEC. A rede municipal de ensino conta com 1.548 professores que atendem a aproximadamente 23 mil alunos distribuídos no ensino fundamental e infantil.

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do site PMI
Foto: Waldir Gomes

2.11.10

Pura poesia...





SEMÂNTICA


Além do fato explícito

estão todas as intenções prévias

contra o óbvio.



Nunca fabricar o verso

feito exercício.

Apenas canalizar sua hora

porque o instrumento poético

reside, a qualquer instante,

em nossos olhos

e dentro da gente.

Seu riso é a palavra:



Semântica do eterno conflito

entre o pensar e o dizer...



Genny Xavier





1.11.10

Para Refletir...

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...


Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?

- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."



O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".

Luís Fernando Veríssimo
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