8.3.11

A MULHER NA VIDA SOCIAL DO MUNDO


É cada vez maior a presença da mulher na vida social, para além do âmbito familiar em que ela até agora se movia quase exclusivamente. Quais as características gerais que a mulher deve vir a ter para cumprir sua missão ?

Em primeiro lugar, parece-me oportuno não contrapor esses dois âmbitos. Tanto como na vida do homem, ainda que com matizes muito peculiares, o lar e a família ocuparão sempre um lugar central na vida da mulher: é evidente que a dedicação aos afazeres familiares representa uma grande função humana e cristã. Isto, porém, não exclui a possibilidade de uma ocupação em outros trabalhos profissionais - o do lar também o é - , em qualquer dos ofícios e empregos nobres que há na sociedade em que se vive. Logo se vê o que se quer dizer quando se equaciona o problema assim; contudo, eu penso que insistir na contraposição sistemática - mudando apenas a tônica - levaria facilmente, do ponto de vista social, a um equívoco maior do que aquele que se tenta corrigir, pois seria mais grave que a mulher abandonasse o seu trabalho em casa.

No plano pessoal, também não se pode afirmar unilateralmente que a mulher só fora do lar alcança sua perfeição, como se o tempo dedicado à família fosse um tempo roubado ao desenvolvimento e à maturidade da sua personalidade. O lar - seja qual for, porque também a mulher solteira deve ter um lar - é um âmbito particularmente propício ao desenvolvimento da personalidade. A atenção prestada à família será sempre para a mulher a sua maior dignidade: no cuidado com o marido e os filhos ou, para falar em termos mais gerais, no trabalho como que procura criar em torno de si um ambiente acolhedor e formativo, a mulher realiza o que há de mais insubstituível em sua missão e, por conseguinte, pode atingir aí sua perfeição pessoal.

Como acabo de dizer, isso não se opõe à participação em outros aspectos da vida social e mesmo da política, por exemplo. Também nesses setores pode a mulher dar uma valiosa contribuição, como pessoa, e sempre com as peculiaridades de sua condição feminina; e assim o fará na medida em que estiver humana e profissionalmente preparada. É claro que tanto a família quanto a sociedade necessitam dessa contribuição especial, que não é de modo algum secundária.

Desenvolvimento, maturidade, emancipação da mulher, não devem significar uma pretensão de igualdade - de uniformidade - com o homem, uma imitação do modo de atuar masculino: isso seria um logro, seria uma perda para a mulher; não porque ela seja mais, mas porque é diferente. Num plano essencial - que deve ser objeto de reconhecimento jurídico, tanto no direito civil como no eclesiástico -, aí, sim, pode-se falar de igualdade de direitos, porque a mulher tem, exatamente como homem, a dignidade de pessoa e de filha de Deus. Mas, partir dessa igualdade fundamental, cada um deve atingir o que lhe é próprio; e, neste plano, dizer emancipação é o mesmo que dizer possibilidade real de desenvolver plenamente as virtualidades próprias: as que têm em sua singularidade e as que tem como mulher. A igualdade perante o direito, a igualdade de oportunidades em face da lei, não suprime, antes pressupõe e promove essa diversidade, que é riqueza para todos.

A mulher está destinada a levar à família, à sociedade civil, à Igreja, algo de característico, que lhe é próprio e que só ela pode dar: sua delicada ternura, sua generosidade incansável, seu amor pelo concreto, sua agudeza de engenho, sua capacidade de intuição, sua piedade profunda e simples, sua tenacidade... A feminilidade não é autêntica se não reconhece a formosura dessa contribuição insubstituível, e se não a insere na própria vida.

Para cumprir essa missão, a mulher tem de desenvolver sua própria personalidade, sem se deixar levar por um ingênuo espírito de imitação que - em geral - a situaria facilmente num plano de inferioridade, impedindo-lhe a realização das suas possibilidades mais originais. Se se forma bem, com autonomia pessoal, com autenticidade, realizará eficazmente o seu trabalho, a missão para que se sente chamada, seja qual for: sua vida e trabalho serão realmente construtivos e fecundos, cheios de sentido, que passe o dia dedicada ao marido e aos filhos, que se entregue plenamente a outras tarefas, se renunciou ao casamento por alguma razão nobre. Cada uma em seu próprio caminho, sendo fiel à vocação humana e divina, pode realizar e realiza de fato a plenitude da personalidade feminina. Não esquecemos que Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe dos homens, é não apenas modelo, mas também prova do valor transcendente que pode alcançar uma vida aparentemente sem relevo.



São Josemaría Escrivá 
Do livro "Questões atuais do Cristianismo", 2a. Edição, Editora Quadrante, São Paulo-SP .

Escritos do fundador do Opus Dei: www.escrivaworks.org.br

7.3.11

A chuva cai lá fora



Trêmula de frio

Sinto vontade de você.

Pergunto-me então.

Que fazer com meu desejo

Quando mais preciso de ti e não estás?

Sem teus braços para me aquecer

E teus beijos para saciar minha sede.

Que fazer com minha vontade

Quando sou só metade?

Viajo na imaginação

Vagueio por sonhos.

Mas as cicatrizes em meu peito

Causadas pela dor da tua ausência

São testemunhas desta distância.

Saio e deixo a chuva cair sobre mim

Enquanto sinto a água correr por meu corpo.

Imagino tuas mãos

A percorrer meus caminhos.

Em delírios...

Busco-te, atingindo o êxtase.

Sinto o gozo solitário.

E logo uma lágrima

Mistura-se a água da chuva.

Mais uma vez a distância venceu...

E tua ausência é sentida.



Autor: (serpente Azul)

HOMENAGEM À MULHER



Mulher...

Tens sete sentidos

Sete chaves de poder

Mulher...

Mística flor, pétala serena

Seiva suave de uma árvore suprema

Indecifrável





Mulher...

Força felina e manhosa

Mulher frágil e poderosa

Sobretudo



Mulher...

Um sopro de vida no mundo

Alma do sonho e da dor

És assim quase perfeita

Perfeita dádiva do Criador...



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