8.5.14

Para celebrar a morte, um canto pela vida afora

ULISSES PRUDENTE


a morte persegue a vida
desde o ventre e nao se cansa,
dê-se por feliz aquele
cuja velhice alcança,
certamente por um triz
a morte nao o levou criança.

se nao sabemos o que dizer
quando ela chega a vizinhança,
resta então compartilhar
a dor da desesperança.
meus sentimentos,
meus pesames,
quem partiu deixou lembranças.

quem muitos anos viver
e parentes enterrar
este é quem mais vai sofrer
esperando a morte chegar
pois a cada despedida
esta vai lhe machucar

já perdi muitos amigos,
parentes, entes queridos,
alguns meros conhecidos,
ilustres desconhecidos,
que tambem admirei,
por todos fiquei sentido,
por alguns até chorei.

ainda assim vivem comigo,
alguns tênues na lembrança
por mais que eu envelheça,
se ele morreu criança,
em sonhos me aparece

11.5.13

Mãe





Mãe, quem é você?
Se estou feliz, quantas vezes te esqueço;
 se estou triste, quantas vezes te procuro.

 Mãe, quem é você, 
que eu critico,
de quem eu exijo coisas tão pequenas 
para satisfazer a minha comodidade,
 mas a quem peço a maior ajuda
 nos instantes mais difíceis?

 Mãe, quem é você,
 para quem eu tantas vezes esqueço o meu carinho,
e de quem exijo tanta atenção?

 Mãe, quem é você,
com que discuto e para quem peço conselhos?

Mãe, quem é você,
para quem reclamo sempre,
e para quem guardo o abraço maior e a maior ternura.

Mãe, eu sei, Você só é... AMOR.

Feliz Dia das Mães!
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