Coordenador pedagógico: um profissional em busca de identidade
Pesquisa da FVC conclui que a formação de professores começa a ser o foco
da atuação do
coordenador, mas ele ainda sofre com a falta de apoio
Percalços da formação na América Latina, por Denise Villant
Em algumas redes de ensino, ele é chamado
de orientador,
supervisor ou, simplesmente, pedagogo. Em
outras, de coor
denador pedagógico, que é como GESTÃO
ESCOLAR
sempre se refere ao profissional responsável
pela formação
da equipe docente nas escolas. Nas unidades
que contam
com sua presença, ele faz parte da equipe
gestora e é o braço
direito do diretor. Num passado não muito
remoto, essa figura
nem sequer existia. Começou a aparecer nos quadros das
Secretarias de Educação quando os responsáveis pelas políticas públicas perceberam
que a aprendizagem dos alunos depende diretamente da maneira como o professor ensina.
Diante desse cenário, a Fundação Victor Civita (FVC) decidiu descobrir quem é
e o que pensa esse personagem relativamente novo no cenário educacional brasileiro,
escolhendo-o como tema de uma pesquisa intitulada O Coordenador Pedagógico
e a Formação Continuada de Professores: Intenções, Tensões e Contradições.
Realizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), sob a supervisão de
Cláudia Davis, o estudo teve a coordenação de Vera Maria Nigro de Souza
Placco e de Laurinda
Ramalho de Almeida, ambas da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP), e de
Vera Lúcia Trevisan de Souza, da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas (PUC-Campinas).
Graças a ela, fizemos esta edição especial, com reportagens e seções
tratando de temas relativos à coordenação pedagógica.
Uma das principais conclusões da pesquisa é que, apesar de ser um
educador com experiência,
inclusive na função (saiba mais sobre o perfil desse profissional no quadro
abaixo), ainda lhe faltam identidade e segurança para realizar um bom trabalho.
Ele se sente muito importante no processo educacional, mas não sabe ao certo
como agir na escola frente às demandas e mostra isso por meio
de algumas contradições: ao mesmo tempo em que afirma que sua atuação pode
contribuir para o aprendizado dos alunos e para a melhoria do trabalho dos professores,
não percebe quanto isso faz diferença nos resultados finais da aprendizagem (veja mais
no quadro da próxima página). "A identidade profissional se constrói nas relações de
trabalho. Ela se constitui na soma da imagem que o profissional
tem de si mesmo, das tarefas que toma para si no dia a dia e das expectativas que as
outras pessoas
com as quais se relaciona têm acerca de seu desempenho", afirma Vera Placco.
Quem são os coordenadores pedagógicos no Brasil
Um resumo das características do profissional que atua nessa função
90% são mulheres
88% já deram aula na Educação Básica
76% têm entre 36 e 55 anos
A maioria tem mais de 5 anos de experiência na função
Continue lendo a reportagem
Dia a dia atribulado e legislação confusa contribuem para atuação sem foco
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/coordenador-pedagogico-profissional-busca-identidade-632174.shtml?page=1
Problemas envolvem desde infraestrutura até falta de tempo
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/coordenador-pedagogico-profissional-busca-identidade-632174.shtml?page=2
Supervisão é insuficiente da rede sobre o trabalho do formador
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/coordenador-pedagogico/coordenador-pedagogico-profissional-busca-identidade-632174.shtml?page=3
15.7.11
Coordenador pedagógico: um profissional em busca de identidade
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